Com as novas medidas de combate à pandemia do coronavírus, houve uma alteração da rotina interna de trabalho nas empresas, com a adoção do home office e de horários alternativos para limitar o trânsito nos escritórios. No caso em que o trabalho presencial é essencial, as companhias adotaram regras, como distanciamento mínimo entre funcionários, restrição do uso de elevadores, reforço na limpeza de carpetes e superfícies e utilização de máscaras, por exemplo.
Apesar de autoridades sanitárias recomendarem a ventilação em locais com concentração de pessoas, a maioria das empresas não inclui esse tema nos planos de contingência. Muitos prédios comerciais têm fachadas de vidro e refrigeração central, sem janelas que possam ser abertas. O ar condicionado em si não propaga o vírus, mas seu mau uso pode trazer riscos à saúde.
As maiores fontes de contaminação pela COVID-19 estão do lado de dentro dos edifícios, por meio de pessoas infectadas. Micro gotículas com vírus e bactérias podem ficar até três horas suspensas no ar e o problema é agravado quando há aglomeração de pessoas no ambiente. Outro erro é não respeitar as normas vigentes sobre temperatura e umidade relativa adequadas.
Embora os estudos sobre as formas de transmissão do novo coronavírus estejam em andamento, sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado sem um plano de manutenção, operação e controle (PMOC) adequado pode contribuir para a propagação do vírus em ambientes fechados. Esse alerta foi feito pela ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), instituição que reúne fabricantes e prestadores de serviço do setor.
Nas instalações de ar condicionado mais comuns, existem filtros de ar, com o objetivo de reter partículas sólidas e líquidas e o novo coronavírus pode ser transportado por meio dessas partículas. Para evitar essa disseminação, é preciso impedir a passagem dessas partículas, com filtros de alta eficiência. Outra medida importante é manter os sistemas de renovação de ar em condições adequadas, ou seja, diluindo e removendo poluentes dos ambientes climatizados, reduzindo assim a contaminação.
Regulamentado pelo Ministério da Saúde, por meio de uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o PMOC tem parâmetros para a qualidade do ar interno (QAI), apresentando níveis máximos de concentração dos poluentes atmosféricos mais conhecidos, entre eles o índice de gás carbônico e quantidade de fungos. A Operação Remota de BMS é uma excelente aliada no monitoramento de CO e CO2, por exemplo: por meio dos sensores nos ambientes, acompanha e gera alertas sobre sua concentração, garantindo que o ar seja de qualidade para todos os usuários de um edifício.
A resolução também estabelece os níveis aceitáveis de temperatura, umidade, velocidade do ar e fator de renovação e toda a manutenção e substituição de filtros de ar devem ser feitas de forma rigorosa, principalmente durante a pandemia.